27 de novembro de 2010
A Beira da Marginalidade
É de conhecimento geral que o Rio se encontra em uma das piores crises de violência, senão a pior.
Ouvi nos últimos dias muitas pessoas de classe média/alta defendendo a pena de morte, mas nenhuma se prontificando a resolver os problemas de marginalidade do país. O que acontece hoje no Rio de Janeiro pode sim ser chamado de insurreição popular, que é fruto do descaso não somente dos políticos quanto da população das classes A, B e C.
Nós estudamos nas escolas os muros da sociedade como por exemplo, o Muro de Berlim, o muro que separa a Palestina de Israel, o muro que separa os EUA do México e aprendemos até mesmo sobre os muros da ignorância e "aprendemos a respeitar" o próximo independente de sua classe, cor ou etnia. Mas, cegos pelas revistas semanais e pela imprensa marrom, deixamos criar um muro que separa a favela do povo rico mesmo embaixo de nossos narizes e não vimos ou não quisemos ver.
Enquanto existir esse muro, será a marca de nossa ignorância, a marca de que a violência sempre existirá pelo descaso de quem pode mudar alguma coisa, a prova concreta que a intolerância, o egoísmo, egocentrismo e o descompromisso com a nação está presente aqui mais até do que na Alemanha Nazista, o triste penar da sociedade estará presente nesse muro como na segregação ou Apartheid tipicamente brasileiro.
Viva a insurreição popular!
"Quando um muro separa
e nenhuma ponte une"
(Lúcia Leitão)
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