Confiam em mim quando me põe uma focinheira na cara,
e me deixam livre quando me põem rédeas no corpo;
assim é que decretei não mais cantar em minha gaiola.
Tivesse eu minha boca e morderia; tivesse eu minha liberdade
e faria tudo oque me dá vontade.Neste meio tempo, deixem-me
ser como sou e não tentem modificar-me.
(Muito barulho por nada - William Shakespeare - pag. 30)
1 de outubro de 2009
Inferno Ceará
Água de macacheira pra beber
Nem feijão com arroz pra comer
Nem leite jorrando pro bebê
A canela fina do filho que não consegue crescer
Olhos e punhos cerrados no alvorecer
Ponham as partes da macacheira pra ferver.
(Mateus Sonegheti)
Nem feijão com arroz pra comer
Nem leite jorrando pro bebê
A canela fina do filho que não consegue crescer
Olhos e punhos cerrados no alvorecer
Ponham as partes da macacheira pra ferver.
(Mateus Sonegheti)
Serra dos Espinhos
Nunca me esqueço
Aquela terra seca,
Daquele lugar doído,
Aquele homem careca,
Ou aquele rosto caído;
Esta serra espinhosa,
A serra da macacheira,
Uma esposa um tanto carinhosa,
Ou um sonho de cachoeira;
Aquelas grades sujas,
Aquela lua lá no alto,
Aquelas noites, muitas
E a fuga esperando num só salto;
Voando, voando para o alto.
(Mateus Sonegheti)
Aquela terra seca,
Daquele lugar doído,
Aquele homem careca,
Ou aquele rosto caído;
Esta serra espinhosa,
A serra da macacheira,
Uma esposa um tanto carinhosa,
Ou um sonho de cachoeira;
Aquelas grades sujas,
Aquela lua lá no alto,
Aquelas noites, muitas
E a fuga esperando num só salto;
Voando, voando para o alto.
(Mateus Sonegheti)
Assinar:
Postagens (Atom)